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Por: Gutemberg Stolze
14/09/2025 - 11:34:54

A Austrália viveu neste domingo um dia histórico com a realização da chamada “Marcha pela Austrália”, considerada o maior protesto já registrado no país contra a imigração em massa. Dezenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de cidades como Sydney, Melbourne, Brisbane, Perth, Adelaide, Camberra, Darwin, Townsville e Cairns, em um movimento simultâneo que surpreendeu pelo tamanho e pela organização.

 

O motivo central da manifestação foi a insatisfação com a política de imigração adotada pelo governo. Segundo os organizadores e participantes, o fluxo de imigrantes tem crescido de forma descontrolada e estaria causando sérios impactos na vida da população. Entre as principais queixas estão a falta de moradias acessíveis, o aumento no custo de vida, a sobrecarga no sistema de saúde, a pressão sobre escolas, transportes e demais serviços públicos, além do temor de que a identidade cultural australiana esteja sendo diluída diante do crescimento da imigração.

 

Muitos manifestantes alegaram que, enquanto os políticos se esquivam de tratar do tema com clareza, a população é quem sente diariamente os efeitos da crise. O movimento recebeu apoio de parlamentares conservadores e nacionalistas, que reforçaram a necessidade de rever as políticas migratórias e atender ao sentimento de grande parte da sociedade. No entanto, a presença de grupos radicais e até neonazistas em algumas cidades trouxe forte repercussão negativa, o que levou o governo trabalhista a condenar os protestos, classificando-os como uma ameaça à coesão social.

 

Além disso, organizações de defesa dos imigrantes organizaram contra-protestos em diversas localidades, acusando os manifestantes de xenofobia e intolerância. Em cidades como Melbourne e Adelaide, a tensão entre os dois lados provocou confronto direto, exigindo a intervenção da polícia, que utilizou spray de pimenta para conter os ânimos.

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