O Irã afirmou nesta sexta-feira (13) que o ataque aéreo israelense contra suas instalações militares e nucleares durante esta madrugada foi uma "declaração de guerra". Essa foi a descrição do ataque feita pelo ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, em carta enviada à ONU.
Abbas pediu ao Conselho de Segurança "que trate imediatamente dessa questão", informou o ministério. O Irã também teria lançado 100 drones contra Israel em resposta aos bombardeios, segundo autoridades israelenses.
Exército israelense bombardeou instalações nucleares e militares do Irã na madrugada de sexta-feira (13). País já fala em 'múltiplos comandantes' e seis cientistas nucleares mortos.
Na madrugada, as Forças de Defesa de Israel atingiram dezenas de alvos no território iraniano. Explosões foram registradas em Teerã e em outras cidades do país. Os militares afirmaram que o objetivo da operação é impedir o avanço do programa nuclear iraniano.
Após o ataque, o regime iraniano ameaçou Israel e Estados Unidos ao afirmar que os países vão "pagar caro". O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel receberá "um destino amargo".
O bombardeio matou o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri. Dois cientistas nucleares também foram mortos.
Khamenei afirmou que a ação revela a "natureza perversa" de Israel. Disse ainda que sucessores logo assumirão as funções e darão continuidade ao trabalho.
"A mão poderosa das Forças Armadas da República Islâmica não os deixará impunes, se Deus quiser. Com esse crime, o regime sionista preparou um destino amargo e doloroso para si mesmo, e certamente o receberá", afirmou.
Na TV estatal, o porta-voz das Forças Armadas iranianas, general Abolfazl Shekarchi, acusou os Estados Unidos de apoiarem o ataque. Ele afirmou que americanos e israelenses vão pagar um preço alto pelos bombardeios.
Os Estados Unidos negaram envolvimento direto na operação. O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que “Israel tomou uma ação unilateral” e que “a prioridade dos EUA é proteger suas tropas na região”. Segundo ele, Washington foi informado, mas não participou da ação.
No entanto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou o Irã por um acordo nuclear "antes que não sobre mais nada".
Fonte: G1
Por - Gutemberg Stolze / Imprensananet.com