A pesquisa foi formulada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública com dados de 2015. O cenário retratado pelo estudo, segundo os autores da pesquisa, acabou evoluindo para a crise de segurança pública que estremeceu o país no início do ano.
O índice do Ipea leva em conta a taxa de homicídios mais o número de Mortes Violentas com Causa Indeterminada. Em Altamira, essa taxa ficou em 107, o que quer dizer que houve 107 mortes para cada 100 mil habitantes. Na Bahia, quatro cidades aparecem entre as dez mais violêntas; 2º lugar - Lauro de Freitas, 5º lugar - Simões Filho, 7º lugar - Teixeira de Freitas e 9º lugar Porto Seguro.
De acordo com o estudo, essa crise é resultado direto da incapacidade dos governos em planejar, propor e executar políticas minimamente efetivas para a área. Em 2015, 59.080 morreram vítimas de homicídios no Brasil, o que equivale a 28,9 mortes a cada 100 mil habitantes.
Isso significa que, a cada três semanas, 3,4 mil pessoas foram assassinadas no Brasil, um número maior do que a quantidade de mortos nos 498 ataques terroristas que aconteceram nos cinco primeiros meses de 2017. A taxa mostra uma nova acomodação nos níveis de homicídios no país, que passaram da faixa de 48 mil a 50 mil até 2007 para um novo nível de 59 mil a 60 mil em 2015.