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Por: Gutemberg Stolze
22/03/2016 - 12:20:03
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André Negão, vice-presidente do Corinthians, é levado para depor por policiais federaisAndré Negão, vice-presidente do Corinthians, é levado para depor por policiais federais

A 26ª fase da Lava Jato, denominada de Operação Xepa, investiga propinas pagas em dinheiro pela Odebrecht dentro do Brasil e que envolve várias obras, que vão da Arena Corinthians à Petrobras. Os investigadores disseram ainda que não têm dúvida que o presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, participou ativamente das propinas.

Em entrevista coletiva, não foi dito porém quem recebeu a propina e o valor total envolvido.

Segundo a força-tarefa da Lava Jato, a partir do material apreendido na 23ª fase - Operação Acarajé -, que prendeu o marqueteiro do PT João Santana, foram descobertas planilhas de controle dos pagamentos de propina da Odebrecht. A empreiteira pagou pelo menos US$ 3 milhões em conta secreta do marqueteiro na Suíça.

Durante a entrevista coletiva, os promotores detalharam algumas das planilhas com os codinomes, valores, assim como os locais onde as propinas eram entregues. Foi dito que havia uma "contabilidade paralela".

"Nós temos diversas diretorias [da empresa] envolvidas, não apenas a Petrobras. Óleo e gás, ambiental, infraestrutura, estádio de futebol, canal do sertão e diversas outras obras e áreas da Odebrecht que estão sendo investigadas hoje pelo pagamento de propina. Na medida do possível, o juiz Sergio Moro baixará o sigilo, os fatos ficarão mais claros", disse o procurador do Ministério Público Federal, Carlos Fernando Santos de Lima.

Em seguida, Lima completou e disse que se trata da Arena Corinthians, estádio construído pela empreiteira e que foi usado para a Copa do Mundo de 2014.

"Em relação aos estádios da Copa, temos indicativos de outras fases, inclusive de delações que estão em andamento, a produção dos procedimentos. Nesta fase, foram identificados pagamentos a uma diretoria [da Odebrecht] que cuida especificamente da Arena Corinthians", afirmou. "Mas não temos clareza de toda a movimentação."

Uma das pessoas que tiveram que ir à Polícia Federal depor (coercitivo) foi André Luiz de Oliveira, conhecido como André Negão, primeiro vice-presidente do Coríntians desde 2015. Negão já trabalhou com jogo do bicho e prometeu, ano passado, a ser o primeiro presidente negro do clube.

Procurada pela reportagem, o Corinthians, via sua assessoria, ainda não tem um posicionamento oficial. Há um mês, o ex-presidente do clube e hoje deputado federal Andrés Sanches disse que via o Corinthians como alvo da Lava Jato. "Estão querendo incluir de qualquer jeito, por causa de minha amizade com o Lula. E eu quero que ponham. Quero que o estádio vá para Lava Jato. Investiguem. Me chamem e vou falar tudo", afirmou.

PARTICIPAÇÃO DE MARCELO ODEBRECHT

A procuradora da República Laura Tessler afirmou que as descobertas mostraram uma "estrutura profissional de pagamento de propinas na Odebrecht". Segundo ela, a participação de Marcelo Odebrecht, que está preso desde junho do ano passado, é clara.

"Há referências das iniciais de Marcelo Odebrecht, tanto de MPO quando de DP, diretor presidente. (...) além da referência existentes nessas tabelas, as anotações constantes de celulares também se compatibilizam com o que consta dessas tabelas".

Andrés Sanchez ao lado dos irmãos Paulo (direita) e Fernando Garcia (centro)Andrés Sanchez ao lado dos irmãos Paulo (direita) e Fernando Garcia (centro)

Como maior doador de campanha de Andrés lucrou milhões com o Corinthians

 

Uma cessão espontânea de direitos econômicos do volante Ralf ao empresário Fernando Garcia, feita em 2010 pelo então presidente corintiano Andrés Sanchez, se transformou em um negócio milionário. Lucrativo para o agente que foi o maior financiador da campanha de Andrés para deputado, com diversas doações feitas por duas empresas em que ele é sócio ao lado do irmão Paulo Garcia. Em contrapartida, um prejuízo de alguns milhões de reais para o clube. 

 

O passo a passo das operações é complexo, mas fez com que Garcia se tornasse dono de uma fatia de Ralf que já havia expirado anteriormente. A empresa de Garcia (LFA Assessoria Esportiva) reclamou ("de boca", sem entrar na Justiça) ter parte dos direitos econômicos do jogador. A origem desse acordo, até então desconhecida, é que viraria um negócio valioso para o empresário. 

 

Quatro anos depois, com outro acordo, ele recebeu porcentagens referentes aos jovens e promissores Guilherme Arana, Matheus Pereira e Malcom. Só na venda recente desse último ao Bordeaux-FRA, o empresário recebeu mais de R$ 6 milhões. É provável que os lucros cresçam com transferências futuras dos outros. 

 

Fernando Garcia e seu irmão Paulo, ativo na política corintiana, foram os principais financiadores da campanha de Andrés para deputado federal em 2014. Através da Kalunga Comércio e Indústria Gráfica Ltda. e da Spiral do Brasil Ltda, duas empresas em que são sócios, os dois fizeram 182 doações e cederam R$ 601.453,62 de um total de R$ 2.134.926,67 angariados pelo então candidato, eleito pelo PT. Paulo Garcia ainda doou mais R$ 80 mil para campanha de Andrés como pessoa física.

 

À reportagem, Andrés declarou que "ninguém ligado a LFA ou o proprietário desta empresa fez qualquer doação a minha campanha para deputado federal". Em pesquisa na Junta Comercial de São Paulo, o nome do empresário Fernando Garcia consta entre os sócios da Kalunga Comércio e Indústria Gráfica Ltda. e Spiral do Brasil Ltda., empresas que realizaram doações. 
 
 
Fonte: Uol
Por Gutemberg Stolze - Imprensananet.com

 

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