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Por: Gutemberg Stolze
16/12/2015 - 18:41:17
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Catilinrias Eduardo Cunha e a Roma antiga

Hoje, 15 de dezembro de 2015, mais de dois mil anos após o contundente discurso de Cícero na Roma antiga, verifica-se no Brasil (República ainda muito jovem), uma operação da Polícia Federal, a qual faz parte da Operação Lava Jato, batizada de Catilinárias. Abaixo, um pouco de História para entender o presente:

Em 63 a. C., Marco Túlio Cícero, o maior filósofo romano de todos os tempos, ocupava o posto de cônsul, cargo máximo do Senado, quando descobriu que um de seus colegas organizava uma conspiração para assassiná-lo. O mentor do complô era o senador Lúcio Catilina, nobre arruinado por dívidas que contava com o apoio de outros homens ricos e militares igualmente debilitados financeiramente para tomar o poder.

Ao se inteirar dos planos de seu adversário, Cícero convocou uma reunião do Senado e proferiu o primeiro de seus quatro célebres discursos contra Catilina, que ficariam conhecidos como Catilinárias. A intervenção de Cícero se tornou um clássico da política e passou a ser invocada ao longo dos últimos 2 mil anos sempre que um homem público atenta contra o interesse geral da população.

Tomadas como um exemplo de correção no exercício do poder público, as Catilinárias revelam, na verdade, um momento muito específico da história de Roma: aquele em que a República aristocrática lutava para resistir às investidas de generais e políticos amparados por um poder militar cada vez maior.

Por fim, Cícero conseguiu sufocar a revolta de Catilina e deu uma sobrevida de mais alguns anos à República romana. O regime, porém, seria finalmente ferido de morte quando Júlio César cruzou o rio Rubicão e invadiu a península Itálica com suas legiões em 49 a. C.

Trechos do discurso:“Até quando, enfim, ó Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda este teu rancor nos enganará? Até que ponto a tua audácia desenfreada se gabará?” (Livro I, cap. I)“Agora [tu, Catilina] já atacas abertamente toda a República; chamas para o extermínio e para a devastação os templos dos deuses imortais, as casas da cidade, e a vida de todos os cidadãos, enfim, a Itália inteira.” (Livro I, cap. V)

“Efetivamente nenhuma nação existe que temamos; nenhum rei há que possa fazer a guerra ao povo romano. Todas as coisas externas estão pacificadas (...) resta só a guerra doméstica.” (Livro II, cap. V)

Qualquer semelhança entre o discurso de Cícero, na Roma Antiga, e os acontecimentos recentes na República Federativa do Brasil não passa de uma mera coincidência. Será?

 

Fonte: Jus Brasil

Por Gutemberg Stolze - Imprensananet.com

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