As cidades de Baixo Guandu, Colatina e Linhares estão ganhando tempo para se prepararem para a chegada da lama de minério que vem correndo o rio Doce, desde a cidade de Mariana - em Minas Gerais. O Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que monitora a expansão da lama que inundou o distrito de Bento Rodrigues, em decorrência do rompimento das duas barragens da Samarco, divulgou novo boletim informando que a onda só deverá atingir a primeira cidade capixaba - Baixo Guandu - nesta terça (10). A previsão é que isso aconteceria entre o 12 e 15 horas desta segunda (9).
O monitoramento está sendo realizado em tempo real por meio de estações de monitoramento automáticas instaladas na calha do rio Doce e equipes de campo que estão no local. A onda de cheia passou pelo rio Gualaxo do Norte, rio do Carmo, e agora está se deslocando ao longo da calha do rio Doce. O próximo município a ser atingido pela onda de cheia é Aimorés, que fica a aproximadamente 500 Km de Bento Rodrigues.
Na manhã de hoje foi verificada a presença de água com uma turbidez elevada na Usina de Baguari o que poderá alterar ainda mais a turbidez da água a jusante da Usina. Antes de chegar ao Espírito Santo a lama de minério deverá passar pela cidade de Resplendor, ainda em território mineiro. Em Baixo Guandu as autoridades estão de plantão, uma vez que a nova previsão é que ela chegue na cidade na madrugada de terça. E, terça-feira (10), em Colatina e Linhares, segundo o Serviço Geológico do Brasil, que informa também que ela está perdendo força em Minas Gerais.
Autoridades alertam que o Rio Doce pode subir entre 1,5m e 2m de altura. Os municípios de Colatina e Baixo Guandu – que captam água para abastecimento do Rio Doce - terão dificuldades no abastecimento de água. Linhares não, pois faz captação de água em outro rio, o Rio Pequeno. Sendo assim, Linhares vai auxiliar no abastecimento de água para estas cidades, que não são atendidas pela Cesan, e sim por Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAEs).
Captação:
A Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) informa que está monitorando o deslocamento da onda, com informações do Serviço Geológico do Brasil e da EDP. Seguindo as orientações da Agência Nacional das Águas, a Agerh recomenda que os municípios às margens do Rio Doce não façam captação de água até que a situação esteja normalizada.
Fonte: ES Hoje
Por Gutemberg Stolze - Imprensananet.com