A jornalista Maria Júlia Coutinho foi alvo de comentários racistas na página do Jornal Nacional no Facebook, em post publicado na noite de quinta-feira (02). Alguns internautas escreveram comentários racistas no post que tem uma foto de Maju, e várias pessoas saíram em defesa dela.
No Twitter, ela respondeu um comentário agressivo de um internauta. Ela deu um reply e escreveu apenas "Beijinho no ombro". William Bonner e Renata Vasconcellos gravaram um vídeo postado no Facebook em que dão um recado, com a equipe do JN. Eles mostraram um cartaz e gritaram "Somos Todos Maju". No Twitter, a hashtag Somos Todos Maju Coutinho chegou ao topo dos tópicos mais comentados.
Em dezembro, Maju passou a informar a previsão do tempo no Hora 1, mas de uma forma diferente, mais conversada, como se estivesse na sala do espectador. Desde 27 de abril, está no Jornal Nacional.
Jornalista e apresentador do Jornal Nacional William Bonner usou seu perfil no Instagram, na sexta-feira (3), para elogiar a colega de trabalho Maria Júlia Coutinho. "Tá, majucoutinho , o tio aprendeu que a gente deve dizer que o tempo é firme, quando não tem chuva, nem chuvica, nem chuvona. Mas, no JN, o tempo é sempre bom, com você", escreveu Bonner.
MP requer investigação sobre ofensas racistas à Maria Júlia Coutinho
Diante das inúmeras ofensas publicadas à jornalista Maria Júlia Coutinho na página do Jornal Nacional no Facebook, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Coordenadoria de Direitos Humanos, solicitou à Promotoria de Investigação Penal que acompanhe o caso, com rigor, junto à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI).
Também haverá uma investigação sobre o caso em São Paulo. O promotor Christiano Jorge dos Santos, da Promotoria Criminal do Fórum da Barra Funda, abriu um procedimento investigativo para apurar dois possíveis seguintes crimes de injúria ou racismo. A base da investigação serão prints dos comentários ofensivos de alguns internautas.
O crime de injúria está previsto artigo 140 do Código Penal e consiste em ofender a dignidade ou o decoro de alguém na utilização de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. A pena pode chegar a três anos de reclusão. Se o promotor entender que houve racismo, os acusados podem responder pelos crimes previstos na Lei 7.716, de 1989. Há várias penas possíveis para racismo, entre elas prisão e multa
Fonte: G1
Por Gutemberg Stolze - Imprensananet.com